05/11/2007

Cortesia, elegancia , respeito e amor ao próximo

A Elegância do Comportamento (Avec élègance)

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca. É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É possível detectá-la em pessoas pontuais. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está. Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais. É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade. Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras". Martha Medeiros

*****************************
foto de Alberto Marques da Costa

Cortesia deve ser um Hábito!

As boas maneiras tornam suas relações interpessoais mais fáceis e agradáveis

Por mais que a tecnologia tenha evoluído, as pessoas ainda são a chave para o sucesso em qualquer campo de atividade. São pessoas que têm brilhantes idéias, são as pessoas que motivam e reconhecem os talentos, são as pessoas que desenvolvem e controlam as tecnologias de última geração, são pessoas, enfim, que buscam produtos e serviços inovadores. Por isso, saber lidar com gente pode até não garantir o sucesso na carreira, mas não saber pode antecipar o fracasso.

Estabelecer bons relacionamentos nos mais diversos níveis de interação humana exige conhecimento e respeito às regras básicas das boas maneiras. Entenda-se por boas maneiras a definição geral dada ao termo: a arte de fazer as pessoas se sentirem bem com você e vice-versa. Nada muito diferente das lições ensinadas por mães e avós: cumprimentar a todos, dar preferência aos mais velhos, pedir por favor, pedir licença, comportar-se bem em público.

Esqueça-se do velho princípio que manda tratar a todos de forma igual. Se quiser ser bem-visto entre as pessoas de seu convívio, trate a cada uma delas como gostaria de ser tratada.

Isso leva-lhe ao próximo passo: abrir os olhos e a mente para o mundo a seu redor, prestar atenção aos diferentes comportamentos, ouvir efetivamente. Ouvir atentamente é a forma mais eficaz de se conhecer alguém e, consequentemente, saber como tratá-lo. Se você conseguir, de alguma forma, amenizar as inseguranças e insatisfações de alguém - seja ouvindo-o com atenção, incentivando-o, tratando-o com respeito, demonstrando disposição para ajudá-lo - você certamente será uma companhia agradável e contará sempre com colaboradores a seu redor.

A prática das boas maneiras não exige situações especiais, mas deve ser um hábito. Precisa estar presente nas ações corriqueiras do dia-a-dia, seja no ambiente de trabalho, no elevador, nos transportes coletivos, no trânsito, entre familiares e colegas. Praticar boas maneiras implica:

Ser assertivo, sem ser agressivo - Defenda seu ponto de vista, mas sem fazer imposições.

Evitar confrontos - Diante do conflito, insultar ou xingar alguém só pioraria a situação. Além disso, sua imagem sairia comprometida.

Respeitar a privacidade alheia - Evitar assuntos relacionados à vida intima dos outros e à sua própria. Vida, temas sobre religião.

Evitar o uso excessivo de acessórios (bijuterias e jóias) e de perfume - Lembre-se de que nem sempre sua fragrância predileta é a mesma do seu colega.

Evitar queixar-se em excesso - Sobre o País, o governo, a empresa. Você não vai ganhar nada com isso e ainda pode passar por chato.

Ser flexível - Procure ver as coisas pelo ponto de vista do outro.

Vestir-se de acordo com o ambiente - Por mais que você se sinta à vontade usando um jeans desbotado e uma camiseta velha, saiba que esse trajar despojado nem sempre causa a mesma sensação de conforto às pessoas com as quais mantém contato. A aparência descuidada pode levar seus colegas, chefes ou clientes a duvidar de sua competência ou no mínimo de seu bom gosto.

Dizer não de forma tão elegante como se dissesse sim - Deixe claro que você discorda da idéia, não da pessoa.

Fazer as pessoas sentirem-se importantes na sua companhia, por mais humildade que elas sejam.

Ser amável também com as pessoas mais próximas a você: as da sua "família".

Manter-se atento às datas importantes para as pessoas com quem convive.

Interessar-se verdadeiramente pelas pessoas.

Ser cortês não é garantia de realização profissional e pessoal, mas no mínimo ajuda a tornar melhor seu dia-a-dia, seja em casa ou no trabalho.

Isso só já vale a pena fazer da cortesia um hábito.

Texto de Maria de Lima